sábado, 8 de agosto de 2015

pensar, gorduras, tempo, estupidez, eu.


        Já ouvi falar tanto de perfeição, antigamente, essa era uma das minhas obsessões. Vivia constantemente focada nisso, sentindo-me um pedaço de merda por não gostar do que via no espelho. Sentia que quem olhava para mim se enojava ao primeiro olhar. Felizmente, com o passar do tempo percebi que as coisas não poderiam ser assim. Abandonei quem me deitava abaixo e ergui a cabeça. Estava realmente longe de ser perfeita, mas a perfeição não existe mesmo.

        Não tenho barriga lisa, pele morena, olhos claros ou cabelo loiro. Sim, porque para mim isso podia ser sinónimo de perfeição, só que já não. Não é só o aspeto que está em jogo. Enfim, posso caracterizar-me como sendo a pessoa mais pálida (ou quase) que conheço, de cabelo castanho e barriga não lisa mas com o seu pneuzinho que muitos torcem o nariz só de olhar. Mas na realidade, who cares? Não preciso de ninguém que queira a minha amizade pela aparência.

        Um dos meus problemas é desmotivar enquanto batalho contra este pneu que me enerva. Alimentação saudável é difícil de ter quando um trabalho não permite que coma de 3 em 3 horas. Ainda assim, insisto várias vezes, até desmotivar outra vez.

        Outro dos meus problemas é sentir-me extremamente sozinha e não me apetecer fazer nada para o mudar, sinto-me fraca e estupida. Ridícula a escrever este texto, só me apetece apaga-lo e guardar todas estas palavras idiotas cá dentro.

        Depois do meu relacionamento com o T. acabar, que é uma longaaaaaa história, que foi há três anos atrás mas às vezes ainda me lembro, eu ganhei muita confiança em mim, tornei-me desinibida e não queria saber do que iam pensar de mim. Mostrei quem realmente era e sentia-me feliz. Agora? Agora parece que voltei para trás, não consigo mostrar como realmente sou a praticamente toda a gente, e há quem diga que o meu problema é PENSAR MUITO, PREOCUPAR-ME MUITO. Neste momento nem quero saber se alguma coisa está mal escrita, estou com preguiça de ler e este post não tem nada a ver com o que costumo escrever. Mas pronto, ninguém para desabafar e preciso deitar todas estas palavras cá para fora... e muitas mais que estão cá dentro.

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